Bem distante dali, em Phællans, chegava o comunicado da prisão de Corr Sairy:
“A
todos os planetas-membros da Confederação Galaxial, comunicamos que o crisyeno
Corr Sairy foi preso pelos crimes de transporte ilegal de Materiais e pessoas,
sequestro de governante, membro ou representante de um governo dos
planetas-membros da Confederação Galaxial, mercenarismo e assassinato de um
governante, membro ou representante de um governo dos planetas-membros da
Confederação Galaxial, indo contra as Leis da Confederação Galaxial. Seu
encarceramento é na sede da Confederação Galaxial, no planeta Thrittan, do
sistema Vertus. Seu julgamento será presidido pelo Confederado-mor Stahirr, de Thrittan,
tendo como acusador o Confederado Antares, de Mæsttra. O réu ainda não escolheu
o seu defensor, o que poderá ocorrer em breve. Assim que for escolhido o
defensor de Corr Sairy, dataremos o julgamento e divulgaremos nos canais de
comunicação formal. Convidamos a todos os líderes dos planetas-membros da
Confederação Galaxial para testemunharem mais este ato de manutenção da
segurança da Confederação Galaxial”.
Li
Kkan percebeu que haviam acrescentado mais um crime a ficha de Corr Sairy,
então logo decidiu entrar em contato com Pan Rrar:
-
Pan Rrar, que crime é este que acrescentaram a ficha de Corr Sairy. Sequestro?
Quem ele sequestrou?
-
A porcaria do Migoto de Volos VI o acusou de sequestrar a Megami Aryannin. –
Disse Pan Rrar com a voz claramente irritada. – Aquele canalha culpa Corr Sairy
de se aliar ao krarrashin e a outra pessoa, citando claramente Kotharyn e
Marcelle Menken. Corr Sairy a salvou do Gisei imposto pelos ascendentes dele e aquele
imbecil ousa acusa-lo...
-
Mantenha a calma, Pan Rrar. – Surge Ja Kris na projeção. – Desculpe meu esposo,
Ubukhosi. Quando chegamos aqui, fiquei ciente deste novo crime imposto a Corr
Sairy. O Migoto Akonyionn decidiu informar ao Confederado Antares que Corr
Sairy foi o responsável pelo sequestro da Megami Aryannin. Em entrevista direta
ao Confederado-mor Stahirr, o Migoto informou que Corr Sairy requereu um
resgate de 100 créditos, foi pago e não a devolveu. No auto diz que Corr Sairy
havia combinado com o krarrashin Kotharyn de sequestrarem Aryannin para
impossibilitar a defesa do planeta contra Domminon, que seria através do Gisei
da Megami. Marcelle Menken foi incluída nos autos como cumplice de Corr Sairy.
-
Então, além de acusarem Corr Sairy de sequestrador, também o acusam de se aliar
(não de forma direta) à Domminon? – Argumentou Li Kkan. Neste mesmo instante,
entraram Aryannin, Kotharyn e Marcelle Menken, que haviam sido convocados antes
da comunicação com Pan Rrar e Ja Kris. – E a Confederação Galaxial acreditou
nisso?
As
falas enraivecidas de Pan Rrar podiam ser ouvidas, mas Ja Kris fez o que sabia
fazer melhor, ignorar os ataques de raiva de seu marido:
-
Não há como refutar as provas, Ubukhosi. Seria a palavra do Migoto contra a de
um crisyeno acusado de vários crimes...
-
Eu poderia falar por Corr Sairy. – Disse Aryannin, interrompendo a fala de Ja
Kris. – Sei o que devem pensar, que sou jovem e ainda não atingi meu ciclo
completo, mas os volosis esquecem de uma coisa, eu sou a Megami deles. Desde
que eu e Kotharyn fugimos do meu cárcere, venho me condicionando a lembrar de
quem eu fui. As lembranças vêm aos poucos, mas já me recordo até meu décimo keshin,
quando assumi o risco de aceitar os krarrashins. Domminon não desejava se
desfazer deles, pois dizia que eram excelentes mãos de obras, mas não podia
aceita-los naquelas condições e ofereci a Domminon algo que ele não poderia
recusar, Volos IV, o planeta-plantio. Ele o dizimou. Mas eu transformei Volos V
em um planeta tão rico para plantio quanto era Volos IV. Aos krarrashins
destinei Volos III. Eu sabia que eles conseguiriam transformar aquele planeta
estéril, e o fizeram. Akytiorr foi pérfido e seus descendentes, também. Eu
posso falar por mim mesma e defenderei Corr Sairy contra esta acusação
caluniosa. – Todos a olhavam com respeito, ainda mais por verem uma vivacidade
em seu olhar que não enxergaram antes:
-
Então, Megami Aryannin, pedimos que venha para cá, o mais breve possível. –
Falou Pan Rrar, de forma mais calma, ampliando o campo da projeção holográfica,
assim poderiam ver a ele e Ja Kris. – Ababusi Li Kkan e Elizabeth, quando podem
vir? Não podemos mais aceitar esta perfídia contra Corr Sairy.
-
Antes precisamos que faça algo por nós, Pan Rrar. – Disse Elizabeth, antes que Li
Kkan pudesse falar. – Avise a Confederação Galaxial que desejamos que comecem a
alongar a mesa de Conferência dos Confederados, pois em breve Krarrash fará
parte dele. – Aquilo surpreendeu a todos, até mesmo Li Kkan. – Aproveitando o
ensejo e a presença de nosso Confederado e de nossa Umholi omkhulu e, lógico de
meu marido e Ubukhosi, Kotharyn de Krarrash, lhe ofereço o sexto planeta do
sistema K-Rarr para se tornar uma nova Krarrash... ou Krarrash II, se preferir.
Li
Kkan lhe deu um sorriso de orgulho. A volta de todos, só viam os membros da
guarda Ubukhosi se curvando, bem como Pan Rrar e Ja Kris, em demonstração de
orgulho de sua Ubukhosi. Kotharyn olhava com surpresa e apreensão, com lágrimas
brotando de seus olhos. Aryannin, demonstrando ser uma poderosa Megami, começou
a gravitar ao lado de Kotharyn, lhe pousando a mão no ombro do seu gigantesco
amigo:
-
Aceite, Kotharyn. – Aryannin disse. E ele, em um gesto solene, ajoelhou-se
diante de Elizabeth:
-
Vamos, pare. – Elizabeth, com os olhos marejados, disse. – Os outros eu
entendo, pois é típico de um phællansis curvar-se em concordância com seus Ababusi,
mas você tem título nobre, também. Sua família era nobre em Krarrash, não é? –
Kotharyn se levantou e concordou com o balançar da cabeça:
-
Não tenho outro modo de lhe agradecer, Ubukhosi Elizabeth. – Disse Kotharyn com
sua voz austera. – Agora é torcer para que meu povo aceite. – Todos olharam
surpresos para Kotharyn:
-
Como assim seu povo aceitar, Kotharyn? – Questionou Elizabeth.
-
Bem, desde que o Migoto Akytiorr nos tirou nosso direito de liberdade, nosso
povo se acostumou a submissão. No começo, de acordo com que contava nosso yaratıcı,
Kytharyn, houve resistência. Até um desejo de independência. Mas sem a água
fornecida por Volos VII, em breve perderíamos nossas plantações, ou mesmo a
energia fornecida por Volos II, estaríamos acabados. Nada contra a sua forma de
agir, Aryannin, sei bem que fez desta forma para manter os volosis ativos e
engenhosos, mas isso os tornou gananciosos, também. Eles perceberam que
cortando nossas fontes de suprimentos, ficaríamos sem nada. Então cedemos.
“Foram
cinco encarnações que não foram em frente, oitenta ciclos, então nós, os
krarrashins, nos submetemos a total servidão. Mas nem todos aceitávamos. As
histórias que meu pai me contava, do meu povo sempre forte, progredindo e sendo
independentes, livres, me fazia acreditar que poderíamos ser assim. Procurei o
Conclave krarrashin que, mesmo com tudo que ocorria, foi mantido, pois eram
sempre escolhidos os mais sábios e sapientes entre nós. Meu pai era membro. Falei-lhes
o que desejava para nosso povo, que deveríamos libertar Aryannin de sua cela e
deixa-la se tornar sapiente de quem era, mas eles não quiseram me ouvir. Quando
meu pai ascendeu, o Conclave desejava que meu akraba[1],
Kyrharin, ocupasse seu lugar. Mesmo mais novo do que eu, eles acreditavam que
ele faria o certo. Mas eu não podia aceitar a imposição, então sem permissão do
Conclave, eu agi e aqui estamos”.
Todos
ouviram com atenção o relato de Kotharyn, mas foi Li Kkan o primeiro a falar:
-
Se tem um povo que sabe o que é ser atacado por Domminon, este é o meu. K-Rarr não
foi nosso primeiro sistema estelar. Acredito que Marcelle esteja ciente agora,
já que passou todo este tempo em nossa indlu yezincwadi[2],
que nossa história vem de muitas eras atrás.
“Meu
ancestral, Ly-Kothon, teve de enfrentar a fúria de Domminon, que desejava nos
dominar. Mas éramos amaqhawe e tínhamos tecnologia avançada, sabíamos nos
defender de um pirata tão atroz. Percebendo que não nos submeteríamos
facilmente, Domminon disparou o que chamamos de Dispositivo Supernova, um
artefato que ele injeta no núcleo de uma estrela, fazendo-a expandir até que
ocorra uma explosão e consuma todo o sistema estelar. Como Ly-Kothon ordenara o
monitoramento da estrela, pois os ososayensi sempre o preveniram que
tempestades poderiam causar problemas nas redes de energia ou mesmo intensas
ondas de calor, ele teve consciência que algo alterou na estrela e então
preparou um grupo de arcas espaciais para enviar os membros de seu povo para
fora do planeta. Foram somente cinco arcas espaciais, com um total de 500 mil
phællansis em cada. As arcas ainda tinham provetas incubadoras, com fauna,
flora e mais gametas masculinos e femininos de nosso povo. O planeta foi
consumido pela supernova e mais de dois bilhões de phællansis pereceram.
Domminon e seus dois irmãos ainda caçaram e destruíram três arcas. No quinto
planeta de K-Rarr pousou uma das arcas. Ly-Kothon havia colocado cada membro de
sua família em uma arca, pois era um estrategista. Assim que conseguiram
terraformar o planeta, plantar o que era necessário se produzir, dividiram-se
para explorar. Também se comunicaram com a arca sobrevivente para que ela
viesse para aquele local. Assim mais de um milhão de phællansis iniciaram este
novo planeta. O neto de Ly-Kothon, Ly-Khabor, assumiu a soberania da nova
Phællans, e aqui estamos. Então, se nós conseguimos, Kotharyn, vocês também
conseguirão”.
Elizabeth
passava as mãos nos longos cabelos bronzeados de seu marido. Li Kkan gostava
daquele afago. Cortando o momento cativante, Ti Kkrus adentra no salão:
-
Ubukhosi Li Kkan, desculpe interrompê-los, mas chegou um comunicado da Terra
que não conseguimos passar. Era do major Skill Hawkesley, dos Guerreiros
Alados. Era a respeito de Corr Sairy.
-
Tem como fazer o comunicado direto daqui, Ti Kkrus? – Questionou Li Kkan. O
engenheiro acionou o seu bracelete de controles remotos e uma projeção
holográfica surgiu diante dos presentes na sala do trono de Phællans:
-
Ubukhosi Li Kkan. – Disse Skill Hawkesley, que parecia um nobre com uma postura
ereta e asas prateadas que reluziam em suas costas. Ao seu lado estava sua
esposa, a agufalgaviana H-Kik, os filhos gêmeos de Li Kkan e Elizabeth, Sth
Nnie (que também possuía enormes asas prateadas nas costas) e Sw Fitt, o marido
de Sth Nnie, Ronald Howard (que também tinha asas prateadas) e o jovem Ricardo
Dévero, que portava um chapéu de vaqueiro. – Nos desculpe, mas a conexão caiu,
pois estamos passando por instabilidades na Terra e, convenhamos – abriu os
braços, mostrando todos perto dele – estou forçando bastante a projeção
holográfica.
Sw
Fitt era o único que aparentava estar desconfortável por estar naquela
projeção, mas permanecia ali em respeito aos seus pais:
-
Ubukhosi. – Continuou Skill. – Chegou à Terra um comunicado da Confederação
Galaxial dizendo que Corr Sairy foi detido por vários crimes que não fazem o
menor sentido. Entre os piores, assassinato. Desculpe, mas eu conheço Corr
Sairy há bastante tempo. Ele pode ser capaz de muita estupidez, mas nunca
mataria ninguém. É contra a índole dele.
-
Abusarei também de nossa projeção e mostrarei quem está aqui comigo. – Disse Li
Kkan. – Posso dizer que, aparentemente, meu ndodana[3]
Sw Fitt está incomodado de estar aqui, falando com o pai e a mãe dele. – Do
outro lado da projeção, Sw Fitt largou o semblante de transtorno e ficou
assustado:
-
Não, Ubukhosi. – Disse Skill. – Ele está assim, pois diferente da maioria de
nós, ele não acredita que devamos nos importar tanto com Corr Sairy.
-
Sw Fitt, meu filho, - falou Elizabeth – pode se retirar, não ficaremos
ressentidos. Diferente de você, que está guardando este rancor, que nem sua
irmã guarda. – Olhando direto para a mãe e o pai, Sw Fitt saiu da posição de
raiva e tentou se prostrar de forma mais nobre possível:
-
Bem, - começou Li Kkan – resolvido isso, vamos ao que questionou Major Skill
Hawkesley. Também recebemos o comunicado. Como você, acreditamos na inocência
de Corr Sairy. Questionamos sobre o crime de sequestro e, aparentemente, o
acusador foi o mais recente contratante de Corr Sairy, o Migoto Akonyionn, de
Volos VI. Ele havia contratado Corr Sairy para levar Aryannin de volta a Volos
VI, mas ele preferiu salvá-la a entregar. Mas, este ponto já resolvemos, pois
como vê temos a Megami Aryannin aqui conosco e ela já disse que testemunhará a
favor de Corr Sairy. O mais alto ao lado dela foi o verdadeiro sequestrador, o
krarrashin Kotharyn, mas ele a libertou, pois sabia da injustiça que estava
sendo feita com a Megami. Então decidiu raptá-la para que Aryannin pudesse
completar seu ciclo e lembrar de suas encarnações anteriores, algo que ela já
vem fazendo (é uma Megami!). Também está conosco a jovem que acusam de cumplice
de Corr Sairy, Marcelle Menken...
-
Desculpe-me, Ubukhosi. – Obstruiu Skill. – Marcelle Menken? Filha de Thiago e
Marcela Menken? Corr Sairy, há muito tempo atrás, a havia libertado,
colocando-a em uma cápsula hibernária. Como ela está aí?
-
Acredito que seja uma história para outro momento, major Skill Hawkesley. –
Respondeu Li Kkan. – No momento devemos nos ater ao que está acontecendo. Esperamos
que a Confederação Galaxial marque a data do julgamento de Corr Sairy e, como o
convite foi aberto aos líderes dos planetas-membros da Confederação Galaxial,
iremos até Thrittan. Me pergunto se o Secretário-geral da Terra recebeu o
comunicado para ir ao julgamento.
-
Não acredito que isso tenha acontecido, Ubukhosi. – Retrucou Skill. – Recebemos
o comunicado, pois H-Kik é membro da realeza de Agufalgav, senão também não
saberíamos. Peço que nos permita acompanha-los até Thrittan, para assistirmos
ao julgamento e, quem sabe, eu consiga falar com Corr Sairy e saber o que está
acontecendo.
-
Sim, vocês são bem-vindos. – Disse Li Kkan. – Venha à Phællans e farão parte de
nossa comitiva.
-
Fico extremamente agradecido, Ubukhosi Li Kkan. – Skill se virou para Sth Nnie
e Sw Fitt. – Desejam falar algo para os pais de vocês. – Sth Nnie deu um passo à
frente, mas ouviu-se a voz de Sw Fitt, antes dela se pronunciar:
-
Me perdoem o desrespeito, ubaba e umama. Não consigo disfarçar meu desgosto por
Corr Sairy. – Sth Nnie olhou para ele e depois voltou-se para os pais:
-
Sinto muita falta de vocês, ubaba e umama. Que bom, em breve nos veremos e
poderemos conversar mais. – E mandou um beijo para eles, de forma amável:
-
Vou finalizar a projeção, Ubukhosi Li Kkan, Ubukhosi Elizabeth e Megami
Aryannin. – Disse Skill. – Foi um prazer revê-la, Marcelle, espero podermos nos
falar mais. E um prazer... conhece-lo, krarrashin Kotharyn. Me despeço.
Com
a transmissão interrompida, Ti Kkrus se retirou, deixando todos apreensivos com
a comitiva que seguiria para o julgamento de Corr Sairy.
Bem
distante dali, em Thrittan, Corr Sairy percebe o corredor acender atrás dele e
se levanta para ver o Confederado-mor Stahirr aparecendo em sua frente:
-
Confederado-mor Stahirr? Nossa, me senti importante.
-
Olá Corr Sairy de Crisyen. Não se sinta, pois isso é uma formalidade. Como o
seu caso tem o assassinato do líder de um planeta-membro da Confederação
Galaxial, o seu julgamento me terá como julgador, então vim aqui para lhe falar
sobre a possibilidade de escolher quem lhe defenderá. Como lhe foi informado
você pode alegar inocência dos crimes citados anteriormente e requerer um
representante entre os Confederados ou àquele que lhe aprouver, desde que seja
de um planeta-membro da Confederação Galaxial e conhecedor das Leis da Confederação.
Se desejar, poderemos lhe indicar alguém de relevância...
-
Eu vou alegar inocência e já tenho uma ideia de quem poderia me defender. –
Corr Sairy interrompeu Stahirr.
-
Que bom. Pode me dizer o nome que o chamarei e lhe falarei sobre o processo.
-
Eu escolho a Chefdiplomat Sharan de Thrittan.
-
Sharan de Thrittan? Por que escolhe a nossa Chefdiplomat? – Questionou Stahirr,
incrédulo, mesmo que suas feições não demonstrassem. Como é um ser composto
totalmente de energia e convive com outros membros da Confederação, ele precisa
usar um traje de isolamento. O traje lhe dá uma forma humanoide, que
possibilita uma melhor aceitação pelos seus comuns, mas, diferentemente de
outros Thrittanis que escolheram cores mais claras para seus trajes, Stahirr
preferiu uma tonalidade mais escura:
-
Eu a conheci durante a Guerra de Crisyen. Apareceu em uma das cidades satélites
com o intuito de negociar uma paz e conseguir a liberdade e o retorno do trono
para Thyth Annis, mas Brann Dawh, o Usurbildarra, não pretendia isso. Foi uma
pena, pois sua Chefdiplomat é boa de papo. Acredito que ela será muito boa na
minha defesa.
-
Você conhece o problema do nosso spark? Que somos considerados impróprios,
principalmente por causa de Stahokk.
-
Não gosto de mentiras então sim, eu conheço a história de vocês três. Quando
conheci a Chefdiplomat Sharan de Thrittan pela primeira vez, me impressionei
com sua forma de argumentar que decidi pesquisar por ela e descobri a histórias
de vocês. Mas isso a torna ainda mais valorosa, pois demonstrará determinação,
se me achar inocente. – Stahirr olhava de forma incrédula em tudo o que Corr Sairy
falava, mas não poderia negar a ele sua escolha: